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Nossa história no empreendedorismo

Falar de empreendedorismo me fascina, pois se buscarmos por meio da nossa história, iremos nos deparar que desde a nossa existência somos empreendedores.

Digo isso pois começamos empreendendo quando tínhamos que cuidar da nossa sobrevivência caçando e coletando frutos por milênios. Não era uma vida fácil, mas o que falava mais alto era a lei da sobrevivência.

E aí que nossa evolução tem a nova marca onde caminhamos para a revolução agrícola, domesticando plantas e animais, deixando de sermos somente nômades para nos fixarmos, ou seja, assentarmos em lugares de forma permanente onde pudéssemos dominar a natureza, espalhando sementes e criando animais.

A revolução agrícola foi um grande salto da humanidade. Contudo, a vida dos agricultores tornou-se muito mais desgastante do que o a fase de caçador e coletor.

Segundo o Yuval Noah Harari, autor de diversos livros como Homo Sapiens uma História da Humanidade “as plantas que domesticaram o homo sapiens e não o contrário”. A jornada dedicada à agricultura era do amanhecer ao entardecer, bem diferente da fase da pré-agricultura.

O ser humano passou a focar por uma monocultura ou 2 a 3 tipos de variedades de plantas domesticadas, criando riscos que até então não tinham pois, por serem nômades, sempre migravam e achavam alimento. A falta de chuva, ter as plantas atacadas por uma praga e ficarem sem alimento criaram a fome em maior escala.

Após o grande avanço da agricultura, chega a Revolução Industrial, um período de grande desenvolvimento tecnológico que teve início na Inglaterra a partir da segunda metade do século XVIII e que se espalhou pelo mundo, causando grandes transformações.

Esta indústria, de forma efetiva, consolidou o capitalismo. As principais consequências desta revolução foram significativas como o aumento da produtividade, novas relações de trabalho, mudanças no modo de vida e consumo. Uma gritante mudança e que já estamos pagando o preço foi a alteração da relação entre o homem e a natureza, mais um bônus de avanços em diversos campos do conhecimento.

A Inglaterra, no século XVIII foi pioneira na implementação da revolução. A partir da segunda metade do século XVIII, surgiu a primeira máquina a vapor na Inglaterra em 1698, construída por Thomas Newcomen e aperfeiçoada por James Watt, em 1765. O Avanço tecnológico, característico da Revolução Industrial, permitiu um grande desenvolvimento de maquinário voltado para a produção têxtil e uma série de novas máquinas. 

Posteriormente, no começo do século XIX, o desenvolvimento tecnológico foi utilizado na criação da locomotiva e das estradas de ferro, A construção das estradas de ferro contribuiu para ampliar o crescimento industrial, diminuindo distâncias, viagens mais curtas e ampliou a capacidade de distribuição de mercadorias.

As transformações econômicas, sociais e tecnológicas proporcionadas pela Revolução Industrial dividem-se em fases, seguindo os avanços produtivos, no campo científico e em diversas outras áreas do setor econômico e industrial. E não menos importante, todas essas transformações possibilitadas pela Revolução Industrial como um todo transformaram o modo como o homem relaciona-se com o meio.

E aí chegamos à Indústria 4.0 ou Quarta Revolução Industrial que é uma expressão que engloba várias tecnologias e a melhoria da eficiência e produtividade dos processos. Engloba um amplo sistema de tecnologias avançadas que estão mudando as formas de produção e os modelos de negócios no Brasil e no mundo.

Esse fenômeno está mudando em grande escala a automação e troca de dados, bem como as etapas de produção e os modelos de negócios por meio do uso de máquinas e computadores. Inovação, eficiência e customização são as palavras-chave para definir o conceito de Indústria 4.0.

A Indústria 4.0 tem impacto significativo na produtividade, pois aumenta a eficiência do uso de recursos e no desenvolvimento de produtos em larga escala, além de propiciar a integração do Brasil em cadeias globais de valor.

A indústria 4.0 traz uma série de oportunidades de negócios jamais imaginados: desde à inteligência artificial, computação em nuvem, big data, cyber segurança, internet das coisas, robótica avançada, manufatura digital, integração de sistemas, sistemas de simulação, digitalização e muito mais que há por vir.

Contudo, vivemos um paradigma jamais visto: a apropriação dos recursos naturais para viabilizar as produções e os avanços tecno-científicos tem causado grande impacto ambiental.

Atualmente, as alterações provocadas no meio ambiente têm sido amplamente discutidas pelas comunidades internacionais, órgãos e entidades que expressam a importância de mudar o modelo de desenvolvimento econômico que explora os recursos naturais sem pensar nas gerações futuras.

Ou seja, nascemos empreendedores, morando nas cavernas, procurando comida para sobreviver, e ao longo dos séculos acertamos, mas erramos muito.

Estamos em um dos maiores impasses da humanidade. Explorar e destruir o planeta que nos deu a oportunidade de viver, crescer e desfrutar. O nosso limite já está se esgotando. Fica aqui uma lição de casa. O que eu posso fazer enquanto Homo sapiens para mudar essa rota que a humanidade se encontra?

Artigo redigido por Karin Parodi para a revista Fortuna

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